A
música brasileira popular atualmente é dominada em via de regra por fenômenos
midiáticos. Anitta, Wesley Safadão e Pabllo Vittar são exemplos de fenômenos
pop, que fazem muito sucesso nas redes sociais, porém a música que produzem
dificilmente irá sobreviver ao teste do tempo. Houve um tempo em que essa mesma
música popular brasileira era sinônimo de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal
Costa, Chico Buarque, e principalmente Elis Regina.
Lançado
em 2015, a biografia escrita pelo repórter do Jornal Estado de S. Paulo Julio
Maria, “Nada Será Como Antes”, se trata do relato definitivo da maior cantora
que já passou por este país. São mais de 400 páginas de relatos que colocam o
leitor, e principalmente o fã, bem mais perto de uma artista que viveu
intensamente as canções que interpretou.
Elis
nasceu em 17 de março de 1945 em Porto Alegre e desde criança já mostrava uma
aptidão para os palcos. Conta Julio Maria que a gaúcha logo aos 11 anos de
idade impressionava no programa de rádio “O Clube do Guri”, na rádio
Farroupilha. O jornalista detalha bem esse começo de carreira da artista e
depois o processo que a levou a fama, principalmente com o programa “O Fino da
Bossa”.
A
pimentinha, como ficou conhecida, também era um furacão quando o assunto era
relacionamentos. O livro detalha seus casos amorosos, principalmente com Ronaldo
Bôscoli e César Camargo Mariano. Elis casou com ambos, primeiro Ronaldo (67-72)
e depois com César (73-81), mas nos dois casos, apesar do amor e dos frutos que
surgiram (três filhos ao total), as mudanças drásticas de humor da cantora,
junto das puladas de cerca, no caso de Ronaldo, eram um obstáculo para qualquer
união estável.
Outro
ponto importante que Julio detalha no livro foi a concepção dos shows e discos.
Um que chama a atenção foi a obra prima de 1974, “Elis & Tom”. Com 10 anos
de Philips, a gravadora decidiu dar um presente para sua contratada. A escolha,
um álbum com o maior músico de todos os tempos no Brasil, Antonio Carlos Jobim.
O autor conta com detalhes o encontro desses dois gênios e resta apenas para o
leitor imaginar como foram as gravações de um dos discos mais importantes da
música mundial.
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