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Mostrando postagens de outubro, 2019

Sesc Jazz: um mergulho no tradicional festival

Como de costume, o Sesc mais uma vez promoveu um festival de jazz recheado no segundo semestre do ano. Em sua segunda edição, entre 8 e 27 de outubro, passaram 26 atrações de 12 nacionalidades diferentes pelo Sesc Jazz. As apresentações ocorrem em nove unidades do Sesc (Pompeia, Guarulhos, Santos, Araraquara, Bauru, Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto e Sorocaba), além de 17 atividades de caráter educativo nas unidades Consolação, Vila Mariana e no Centro de Pesquisa e Formação. Abaixo você confere um pouquinho sobre cinco shows que fizeram parte da programação do festival neste ano. Terri Lyne Carrington and the Social Science Community (Estados Unidos) – 11 de outubro na comedoria do Sesc Pompeia A baterista, compositora e cantora Terri Lyne se apresentou na tradicional comedoria do Sesc Pompeia na primeira semana do festival - 10 e 11 de outubro. Com 40 anos de carreira, a norte americana tem no currículo três grammys e trouxe para o Brasil seu mais recente

Como a turnê Smokin Grooves levou o rap para as massas

A matéria abaixo é uma tradução livre da publicação de 15 de junho de 2018 feita por Eric Ducker no portal da Pitchfork.com Leões no palco! Toca discos de tamanho humano! Paz, plateias fumando maconha! A história da primeira grande turnê nacional de hip-hop por aqueles que estiveram lá. Com um line-up de Fugees, Cypress Hill, Ziggy Marley, A Tribe Called Quest, Busta Rhymes e Spearhead, Smokin Grooves estreou pelos Estados Unidos em 1996, passando por cidades como Columbus, Ohio; Park City, Utah; e St. Paul, Minnesota – lugares que não eram conhecidos por ter uma cena de hip-hop naqueles dias. A utopia alternativa de Perry Farrell, Lollapalooza, passou a primeira metade da década popularizando a turnê de shows no verão para uma nova geração, mas seu line-up geralmente constava com poucos atos de rap. Smokin Grooves foi a primeira turnê de anfiteatros no qual quase todos as performances tinham raízes no hip-hop. Organizado por Kevin Morrow do House of Blues e Cara Le

Para ler, ver e ouvir no final de semana #6 – João Gordo, Kazagastão e Sepultura em trio

Para ler: João Gordo - Viva La Vida Tosca Entre os meses de julho e agosto eu me vi totalmente imerso na banda Ratos de Porão. Comprei disco, fui em show, vi várias entrevistas, andei pela Avenida Paulista de camiseta da banda, enfim, avisei para o mundo que o Ratos é foda. Nessa onda, aproveitei e reli a ótima autobiografia do vocalista do grupo, João Francisco Benedan, mais conhecido como João Gordo. Lançada em 2016 pela editora Darkside, com um pouco mais de 300 páginas, o livro é extremamente gráfico, com diversas fotos da vida pessoal do cara e do Ratos de Porão. Como é de costume do João, ele fala de tudo aqui. Sinceridade é uma das suas principais virtudes, na minha opinião. Ele não esconde nada sobre os diversos anos de consumo de drogas. As tretas que rolavam na cena punk no começo dos anos oitenta. Sobre o Ratos não ter o reconhecimento que deveria ter no Brasil. Os grandes momentos na MTV e sua ida para a Record. Mas eu acho que a parte em que ele fala da sua d

O Iron Maiden vence mais uma vez no Morumbi e continua na liderança do metal

O estádio do Morumbi em São Paulo já foi palco de diversos clássicos e jogos históricos do futebol nacional. Os corintianos mais velhos até hoje não se esquecem qual foi a sensação de sair da fila após o gol de Basílio no campeonato paulista de 1977 contra a Ponte Preta de Campinas. Já os palmeirenses adoram lembrar da defesa do goleiro Marcos contra o ídolo corintiano Marcelinho Carioca na Libertadores de 2000. Isso lhe rendeu o apelido de São Marcos. Os santistas por sua vez sonham até hoje com as pedaladas mágicas de Robinho contra o lateral Rogério do Corinthians na conquista do campeonato brasileiro de 2002. Os donos da casa, os são paulinos, adoram lembrar da máquina tricolor comandada pelo mestre Telê Santana e a conquista do primeiro título da Libertadores de 1992 contra os argentinos do Newell's Old Boys. Porém, no último domingo (6), o estádio Cícero Pompeu de Toledo foi a casa do Iron Maiden em sua visita a cidade de São Paulo, parte da turnê Legacy of the Be

A história da gravadora Blue Note em 15 discos

Neste ano o selo mais histórico do jazz completa 80 anos. Escute a música que moldou esse legado. Port of Harlem Jazzmen, ‘Mighty Blues’ (1939) Após escutar Meade (Lux) Lewis e Albert Ammons no histórico show ““From Spirituals to Swing” no Carnegie Hall no fim de 1938, Albert Lion se aproximou dos famosos pianistas e algumas semanas depois ele entrou em um estúdio em Nova Iorque e fiz a sua primeira gravação para a Blue Note. Lion convidou Ammons no verão de 1939, dessa vez com uma banda, para gravar algumas coisas no estilo chugging boogie-woogie que Ammons recentemente ajudou a popularizar. Batizado de “Porto of Harlem Jazzmen”, o sexteto foi o primeiro conjunto completo gravado para o selo. Bud Powell, ‘The Amazing Bud Powell’ (1952) Assim que o bebop se tornou a vanguarda em 1940, Lion e seu parceiro, Francis Wolff, mantiveram seus ouvidos no chão. Bud Powell, um dos inventores do bebop, liderou um quinteto cheio de estrelas na sua primeira sessão