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Mostrando postagens de setembro, 2019

Já escutou? #2 Ratos de Porão - Crucificados pelo Sistema (1984)

Para quem conhece um pouco da história da música, o marco inicial do movimento punk foi na segunda metade dos anos setenta. Já em terras tupiniquins, muito antes da “era das redes antissociais”, os primeiros discos de punk começaram a chegar no fim daquela década e no começo dos anos oitenta. Quando Johnny Rotten estava moldando o som do pós-punk com o PIL (Public Image Ltd.), uma molecada por aqui estava descobrindo a estreia da sua antiga banda, os Sex Pistols. Existe uma discussão onde o movimento punk começou aqui no Brasil. Alguns dizem em Brasília, outros dizem na periferia de São Paulo. O único consenso é que o primeiro disco de uma banda punk foi lançado em 1984 pelo Ratos de Porão. Este ano Crucificados pelo Sistema completa nada mais, nada menos do que 35 anos. Formado em 1981, o Ratos entraria em estúdio na rua Augusta com João Gordo nos vocais, Jão na bateria, Jabá no baixo e Mingau na guitarra para gravar a estreia da banda. Um marco na história do

A coisa ficou louca: Quando o The Cramps e o The Mutants invadiram um hospital psiquiátrico

Uma retrospectiva sobre o bizarro show de punk em 1978 que provavelmente nunca deveria ter ocorrido O pátio é pequeno, provavelmente menor se você conhecer sua história. O palco não realmente um palco, apenas um elevado de concreto com talvez dez metros de profundidade e 30 metros de largura. Por trás dessa plataforma há um mural com caricaturas de seis músicos, pintado pelos pacientes com orientação da equipe do hospital. A configuração ainda é estranha, mas é por conta do design. Eu fui autorizado a visitar o pátio do Central Program Services (CPS) no Departamento de Hospitais Estaduais da Califórnia – Napa, o Estado de Napa, como muitos moradores chamam, apenas acompanhado, e apenas quando os pacientes estavam em outro lugar. “Área de tratamento seguro” é a frase operacional. O quadrângulo é cercado por escritórios, por uma grande sala de recreação multiuso, um barbeiro/salão de beleza, uma clínica de terapia ocupacional, um estúdio de arte, uma sala para o p

A noite em que o Terno Rei coloriu o Sesc Pompeia de Violeta

É por volta das 21 horas e 30 minutos no Sesc Pompeia, quinta-feira (29), região oeste da capital paulista. Noite agradável, com os termômetros marcando quase 20 graus. Em frente ao Sesc, uma galera entre 16 e 30 anos se reúne, batem papo, bebem uma cerveja - apenas os maiores de 18, claro – e fumam o último cigarro antes da apresentação da sensação indie paulista, a banda Terno Rei - sim, mais um grupo com Terno no nome. Juntos desde 2010, o quarteto lançou seu novo trabalho, Violeta , no começo deste ano. Segundo a imprensa especializada, o disco é um dos melhores lançamentos deste ano até o momento – por aqui eu já falei desse álbum e você pode conferir no link . Com um toque mais pop do que Essa Noite Bateu Com Um Sonho de 2016, Violeta ainda possui os elementos que fizeram com que Terno Rei despontasse, um rock alternativo influenciado por bandas de shoegaze e dream pop como o My Bloody Valentine. Além das músicas serem ótimas, a capa é simplesmente maravilhosa, u