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Mostrando postagens de abril, 2019

Ricardo e Vânia: um relato sincero e verdadeiro

Certo dia quente de fevereiro, enquanto estava a caminho do Centro Cultural Banco do Brasil aqui de São Paulo, me deparei na internet sobre o lançamento do livro “Ricardo e Vânia” do jornalista Chico Felliti. Apesar de não conhecer o trabalho do Chico, fiquei extremamente intrigado sobre o assunto do livro: a história do “Fofão da Augusta”. No ano de 2017 o jornalista publicou no portal BuzzFeed uma excelente reportagem a respeito de Ricardo Corrêa da Silva, mais conhecido como “Fofão da Augusta”. Algo que infelizmente passou batido por mim na época. Ricardo era um morador de rua que tinha uma aparência peculiar e assustadora para muitos, já que ele tinha as bochechas preenchidas com meio litro de silicone, e faleceu no mesmo ano em que a matéria foi publicada, após uma parada cardíaca. Ele tinha 60 anos. Na matéria, Chico conta a história de vida de Ricardo, tentando entender um dos personagens mais emblemáticos e peculiares da cidade de São Paulo nas últimas dé

Um guia para todos os discos do Radiohead

A matéria abaixo foi escrita por Stephanie Garr e publicada no portal Spin.com em 2 de maio de 2017 Uma assustadora pergunta existencial reside no fundo da psique de todo fã de Radiohead: Como música contemporânea soaria se a banda nunca tivesse existido? Inicialmente rotulado como apenas mais uma banda grunge-pop de um único hit, o quinteto de Oxford liderado por Thom Yorke iria desmantelar o rock de guitarra tradicional, abraçando ideias desde música clássica de vanguarda, eletrônica, jazz e comunidades world music. Com o passar do tempo, a visão deles de uma distopia tecnológica sob cerco iria servir como uma das representações artísticas da vida moderna. Por ter tido um começo tão humilde, isso é o que faz com que suas contribuições do Radiohead sejam muito mais atraentes. Antes do lançamento da versão deluxe de “OK Computer”, traçamos a evolução de uma das bandas mais importantes da galáxia. Drill EP (1992) O primeiro lançamento do Radiohead é feito de quatro demos

Trinta anos da liberdade solo de Edgard Scandurra

Para quem gosta de música, e principalmente rock dos anos oitenta, o nome de Edgard Scandurra não é nada estranho. Um dos membros fundadores de umas das principais bandas de rock no Brasil, o Ira!, Edgard é um dos melhores guitarristas do país. Seu jeito de tocar, que mistura desde Jimi Hendrix até o punk rock de 1977, combinado com seu alto nível de composição, deram luz a hits como "Envelheço Na Cidade". Neste ano, seu ótimo primeiro trabalho solo completa três décadas de existência! Após um disco incompreendido pela crítica, o excelente “Psicoacústica” de 1988, e uma queda na popularidade da banda, Scandurra entrou em estúdio e gravou “Amigos Invisíveis” (1989). Tentando resgatar o som que ele tinha feito até aquele momento com o Ira!, o guitarrista tocou todos os instrumentos - com exceção do piano em "Abraços e Brigas" - e gerou um dos melhores discos de toda a sua carreira, na minha humilde opinião. “Minha Mente Ainda É A Mesma” e “Abraços e

O último momento da última grande banda de rock

A história interna de como os Strokes – e o início do rock de Nova Iorque – explodiu, contada por quem viveu.          Em 1998, cinco amigos nova-iorquinos - Julian Casablancas, Albert Hammond Jr., Fabrizio Moretti, Nick Valensi, e Nikolai Fraiture – formaram uma banda chamada Strokes. Eles lançaram seu álbum de estreia em 2001, “Is This It”. Em 2009 a NME nomeou disco da década; Rolling Stone ranqueou como número dois, atrás de “Kid A” do Radiohead. Essa é a história do que aconteceu entre esses anos, começando por 2002. Ryan Adams (músico): Certa noite eu estava curtindo com o pessoal dos Strokes e o Ryan (Gentles, empresário da banda). Estávamos bastante chapados pois sempre estávamos fumando maconha. Era bem tarde da noite. Fab sempre tocava uma música para mim que ele tinha composto, algo muito bonito, uma música romântica. Então uma noite, brincando, eu estou quase certo, Fabby disse, “Cara, e se o John Mayer estivesse agora tocando aquela guitarra? ” E eu f