Apesar de ter encerrado as
atividades em 2011, com seu último show aqui no Brasil, o Sonic Youth continua
sendo uma das bandas mais originais que já surgiram na música. Formada no
começo dos anos oitenta em Nova Iorque, o grupo antecipou muito da sonoridade
que o Nirvana depois construiria sua curta carreira. Um dos nomes mais
importantes do grupo é a artista Kim Gordon. Sim, artista. Em seu livro de
memorias lançado aqui no Brasil em 2015 pelo nome de “A garota da banda”, é possível
perceber que Kim não foi apenas a baixista e vocalista do Sonic Youth, ela
também é pintora, escritora, enfim, uma artista. Em quase 300 páginas, a nova-iorquina
de 66 anos conta muito do que os fãs do quarteto sempre quiserem saber, os perrengues
no início de carreira, como os principais discos foram construídos, o que
influenciou o som ímpar da banda, seus projetos paralelos e principalmente o
fim do Sonic.
Talvez esse seja o tema mais
interessante da obra. Com o fim do casamento com Thurston Moore, vocalista e
guitarrista da banda, o fim da banda foi inevitável, ou vice e versa. Kim é
muito sincera sobre como Thurston foi infiel e a enganou durante muitos anos. Realmente
é possível sentir a sinceridade em suas palavras sobre as chances que ela deu
ao marido quando descobriu sobre a traição do dele. Além disso, ela conta sobre
maternidade e como ser uma garota punk em um ambiente extremamente machista. Espero
em breve escrever ou fazer um vídeo especialmente sobre esse livro. Veremos! Enquanto
isso aproveitem para ler “A garota da banda. ”
Lançado em 12 de abril deste
ano pela Netflix, Special conta a história de um rapaz gay, com paralisia
cerebral, que mora com a mãe e decidi reescrever a sua própria identidade e
buscar a vida que ele sempre quis. Baseado no livro “I'm Special: And Other
Lies We Tell Ourselves” de Ryan O'Connell, que também estrela, escreve e é o
produtor executivo da série, os oito episódios da primeira temporada são recheados
de humor e com uma pitada certa de drama. É muito legal como a série trata de diversos
temas que sempre foram carregados de preconceito, não apenas na sociedade norte
americana. O elenco é demais e uma das vantagens dessa primeira temporada é de
que os episódios são curtinhos, então você em menos de duas horas consegue
maratonar essa série imperdível. Um viva para a diversidade!
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