O rock mais pesado inglês dos
anos setenta possui grandes representantes. Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep
Purple, todas essas grandes bandas receberam homenagens a rodo dos fãs e da
mídia especializada nas décadas recentes. Porém, existe uma banda de Londres
que surgiu no fim dos anos sessenta que muitas vezes é esquecida pelo grande
público. Essa banda é o UFO.
Em 1979 eles lançaram um dos
melhores discos ao vivo do rock em todos os tempos, Strangers in the Night. Gravado um ano antes em Chicago durante a
turnê do álbum Obsession, aqui temos
a formação clássica da banda, com Phil Mogg nos vocais, Michael Schenker na
guitarra, Paul Raymond também na guitarra e teclado, Pete Way no baixo e Andy
Parker na bateria.
O que temos em mais de uma
hora de música é uma compilação das principais faixas da carreira da banda. Os clássicos,
para ser mais direto. "Natural Thing", "Doctor Doctor", "Love
to Love", "Lights Out" e "Rock
Bottom" são alguns exemplos de como esse disco é o creme do hard rock inglês.
A banda inteira está em seu ápice.
Mogg se igualando aos grandes vocais da década de setenta (não me canso de
escutar ele dizer “Smell of anarchy”), o baixo incisivo do proto-punk Way, os
seguros Paul e Parker e, um dos mais subestimados guitarristas de todos os
tempos, o brilhante Michael Schenker. Para se ter uma noção da influência do
alemão no rock, Kirk Hammett do Metallica e Adrian Smith do Iron Maiden são
dois discípulos do cara. O jeito como ele constrói seus solos, os riffs
geniais, o cara é um animal e merece o reconhecimento parecido aos grandes
nomes do instrumento.
Muitos discos que dizem serem
“ao vivo” tiveram ajustes no estúdio. Alguns mais que os outros, mas isso é
algo comum na música. Porém em Strangers
in the Night você consegue escutar exatamente o que aconteceu naqueles
shows nos Estados Unidos, o que torna ele ainda mais especial e de fato
impressionante. Como uma banda consegue ser tão boa assim ao vivo? Bem, só
escutando para descobrir.
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