Para ler: Sobre lutas e lágrimas: Uma biografia de 2018 (Mário Magalhães)
Provavelmente o melhor livro lançado neste ano, pelo menos
até o momento. Para quem não conhece o jornalista Mário Magalhães, o cara é o
autor, segundo o grande Ruy Castro, da melhor biografia já escrita no país,
“Marighella”. Neste novo livro, Mário faz uma grande análise sobre a
importância do ano de 2018 para a história do nosso país. Inspirado em “1968 –
O ano que não terminou”, a obra repassa os principais acontecimentos, a morte
covarde de Marielle Franco, a polêmica prisão do ex-presidente Lula e a
guinada para a extrema direita com a eleição de Jair Bolsonaro para a
presidência da república. Claro, se você é um daqueles que acham que temos um
“Mito” ocupando a posição mais importante dessa nação verde e amarela (by CBF),
então um livro de colorir seja mais adequado para você. Porém, quem procura
entender o que diabos aconteceu no ano passado, essa obra é essencial na sua
biblioteca particular.
Para ver: The Wire (HBO)
Com o recente sucesso (merecido) da série Chernobyl,
assisti mais uma vez outra importante obra da HBO. Falo de The Wire. Sem o
merecido reconhecimento, as cinco temporadas foram exibidas entre 2002 e 2008 e
com certeza é uma das melhores séries de todos os tempos. The Wire fala
principalmente sobre o tráfico de drogas em Baltimore, Estados Unidos, porém de
diversos ângulos. Cada temporada parece um romance, com começo, meio e fim, sem
abrir mão dos personagens conhecidos, além de sempre adicionar algumas ótimas
figuras. Dominic West está ótimo como o sacana detetive James "Jimmy"
McNulty. Enfim, vale muito a pena você conhecer essa ótima série.
Observação pessoal: muito melhor do que a razoável Game Of
Thrones, que virou uma febre mundial, principalmente aqui no Brasil – não é
porque você tem alguns dragões e mata os principais personagens no final de
cada episódio que a série é boa, ok?!
Para ouvir: Father of the Bride – Vampire Weekend (2019)
Para ser bem sincero,
eu nunca fui muito com a cara do Vampire Weekend. Para mim eles sempre foram um
bando de playboys de camisa Lacoste que faziam música “descolada” para um
público “descolado”. Porém, o novo disco dos caras fez eu rever os meus
conceitos. Formada em Nova Iorque por volta de 2006, Ezra Koenig é a principal
força da banda. Lançado neste ano, Father of the Bride é o quarto disco dos
caras e um dos principais lançamentos do ano. Com um frescor pop que eu não
escutava há algum tempo, Ezra parece muitas vezes um Paul Simon contemporâneo,
cantando com sentimentalismo ímpar. Misturando soul, pop, folk, rock, art pop,
esse disco é uma obra de arte. Não ficarei surpreso se ele aparecer no top 3 de
grandes lançamentos do ano de muitos críticos.
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